Nova técnica de angiografia por raio-x mostra-se promissora

Pesquisadores alemães e húngaros que desenvolveram o método compararam seu desempenho com a angiografia de subtração digital (DSA) padrão para intervenção vascular em pacientes submetidos à embolização da artéria prostática (PAE).

10 Jan, 2022

Uma nova técnica de processamento de imagem de raios-x chamada angiografia de variância digital pode melhorar a qualidade da imagem de angiografia padrão enquanto reduz a exposição à radiação do paciente, de acordo com uma apresentação realizada na recente reunião da RSNA. Pesquisadores alemães e húngaros que desenvolveram o método compararam seu desempenho com a angiografia de subtração digital (DSA) padrão para intervenção vascular em pacientes submetidos à embolização da artéria prostática (PAE). Eles descobriram que o DVA resultou em uma relação contraste-ruído (CNR) significativamente mais alta e poderia reduzir significativamente a exposição à radiação e a quantidade de agente de contraste iodado necessária.

"Os dados deste estudo retrospectivo inicial indicam que o DVA tem [relação contraste-ruído] significativamente maior e melhor qualidade de imagem em comparação com o DSA em procedimentos de PAE", disse a Dra. Leona Alizadeh, da Universidade de Frankfurt.

As embolizações da artéria prostática requerem longos tempos de procedimento e grandes doses de agentes de contraste de fluoroscopia, disse Alizadeh. A angiografia de variância digital usa a mesma série bruta de imagens de raios X adquiridas na angiografia de subtração digital, mas em vez de subtrair a imagem de pré-contraste da série, o método aplica um algoritmo que calcula a variância de cada intensidade de pixel na série. A técnica fornece uma visualização do movimento (chamado de imagem "cinética") dos agentes de contraste nos vasos sanguíneos e pode ser usada em exames de angiografia padrão, de acordo com o grupo de Alizadeh. De fato, estudos preliminares mostraram o potencial do DVA para membros inferiores e intervenções neurorradiológicas com redução de agente de contraste e dose de radiação.

Para sua pesquisa, os pesquisadores incluíram 37 pacientes com idades entre 42 e 82 anos submetidos a PAE no Hospital Universitário de Frankfurt entre maio e outubro de 2020. Ao todo, 142 aquisições foram incluídas na análise e imagens DSA e DVA foram geradas a partir do mesmo série crua. Alizadeh e colegas adicionaram cores durante o processamento da imagem para melhorar a visualização da mídia de contraste de acordo com o espectro de cores da luz visível e os valores calculados da relação contraste-ruído. Três leitores avaliaram a qualidade da imagem em uma pesquisa randomizada e cega, usando uma escala Likert de cinco graus.

A análise do grupo mostrou que as imagens de angiografia de variância digital forneceram uma relação contraste-ruído 4,1 vezes maior do que as imagens de angiografia de subtração digital. Os valores medianos de contraste-ruído foram 29,5 para DVA e 7,2 para DSA (p < 0,001), e as imagens DVA receberam escores Likert significativamente maiores do que as imagens DSA, com valores medianos de 4,33 em comparação com 3,67 (p < 0,001), respectivamente .

"Esta reserva de qualidade de DVA pode fornecer uma oportunidade para a redução da exposição à radiação e meios de contraste iodados em PAE", disse Alizadeh. 

O grupo está atualmente planejando validar as capacidades de gerenciamento de dose do DVA em um próximo ensaio clínico, concluiu ela.

Imagem: cortesia da Dra. Leona Alizadeh

Fonte: https://www.auntminnie.com/index.aspx?Sec=sup&Sub=xra&Pag=dis&ItemId=134631

 

 

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