Ultrassom é diferencial no trato da dor no ombro

Pesquisa norte-americana mostra que o exame é essencial para a decisão clínica

25 Jan, 2017

 

Pesquisa concluiu que os achados de ultrassonografia têm um efeito significativo na tomada de decisões clínicas em pacientes que estão sendo tratados para a dor no ombro. Depois de avaliar retrospectivamente o impacto de mais de 900 exames de ultrassom nestes pacientes, os pesquisadores descobriram que quase dois terços deles tiveram uma mudança no seu plano de tratamento com base nos resultados do ultrassom. Além disso, ultrassom do ombro teve um efeito estatisticamente significativo sobre a invasividade do tratamento.

"A dor no ombro é a terceira queixa músculoesquelética mais comum após a dor no joelho e nas costas, afetando 16% a 26% da população. É uma avaliação clínica difícil, entretanto, devido à sobreposição de muitas patologias comuns do ombro", comentou o dr. Michael Friedman, responsável pela pesquisa, durante apresentação na RSNA 2016, de acordo com matéria divulgada no portal AuntMinnie.com.

A Sociedade de Radiologistas em Ultrassom, nos Estados Unidos, publicou uma declaração sobre algoritmos de imagem recomendados aos médicos sobre como avaliar a dor no ombro. Contudo, permanecem questões sobre o real impacto diagnóstico do ultrassom osteomuscular na avaliação clínica ortopédica atual desses pacientes.

Por esta razão, os investigadores do Instituto Mallinckrodt de Radiologia (MIR), em St. Louis, nos Estados Unidos, coordenados pelo dr. Michael Friedman, ajustaram-se para explorar o efeito do ultrassom musculoesquelético do ombro na tomada de decisão clínica. Na busca em sua base de dados RIS, a equipe encontrou 1.037 estudos consecutivos de ultrassom de ombro durante um período de 12 meses, ordenados por 15 membros do corpo docente ortopédico e interpretados por 10 radiologistas. 

Três radiologistas analisaram o registro médico eletrônico e notas clínicas e registraram os planos de tratamento pré e pós-ultrassônico. Os pacientes foram classificados em categorias de planos de tratamento, incluindo tratamento conservador/fisioterapia, injeção terapêutica ou intervenção cirúrgica. Para muitos pacientes foram prescritos o tratamento conservador/fisioterapia e a injeção terapêutica em conjunto, o que também foi analisado como um plano de manejo distinto. O manejo conservador foi considerado como tratamento não invasivo, enquanto que a injeção terapêutica e a intervenção cirúrgica foram consideradas invasivas.

As análises dos dados mostraram que, após o exame ultrassonográfico, 63,2% dos pacientes tiveram seus planos de tratamento alterados.

Dos 744 pacientes com um tratamento conservador inicial, 423 (56,9%) foram transferidos para um plano de tratamento mais invasivo com base no ultrassom no ombro. Em pacientes que receberam um plano de manejo invasivo, 24,1% foram alterados para um plano de tratamento não invasivo.

Pesquisa publicada no ano passado pelo Jornal do Colégio Americano de Radiologia já tinha mostrado que o ultrassom musculoesquelético poderia evitar a realização da ressonância magnética em pacientes adultos com dor no ombro. Equipe liderada pelo dr. Scott Sheehan, do William S. Middleton Memorial Hospital e da Universidade de Wisconsin, descobriu que quase metade dos exames de MRI em ombro realizados na instituição foram inadequadamente solicitados. Além disso, os autores estimaram que a combinação de ultrassom e radiografia teria sido suficiente para caracterizar a patologia em 85% dos casos. 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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