Ultrassom se mostra eficaz no tratamento de fascite plantar

A pesquisa do dr. Lee, Universidade de Winsconsin, demonstrou efetividade na injeção de plasma rico em plaquetas (PRP) guiada por ultrassom para fascite plantar. A fascite plantar é um distúrbio musculoesquelético comum do calcanhar que afeta um número estimado de 2 milhões de norte-americanos.

22 Jul, 2017

A pesquisa do dr. Lee, Universidade de Winsconsin, demonstrou efetividade na injeção de plasma rico em plaquetas (PRP) guiada por ultrassom para fascite plantar. Estatísticas recentes mostram que dez por cento da população dos EUA será afetada por essa doença ao longo da vida, com custos socioeconômicos significativos.

Segundo o dr. Kenneth S. Lee, professor associado de radiologia da Faculdade de Medicina e Saúde Pública da Universidade de Winsconsin (UW) em Madison, “atualmente, não há um tratamento viável, sobre o qual haja consenso, para aqueles que sofrem de dor de calcanhar e não obtêm sucesso com as formas de tratamento normais e conservadoras, mas não se submetem ou não podem se submeter a cirurgia”. O dr. Lee, conduziu o estudo através de uma bolsa da Toshiba America Medical Systems/RSNA Research Seed.

O pesquisador afirmou que o estudo teve dois objetivos: o primeiro buscou determinar a eficácia comparativa de injeções de PRP em oposição a injeções de corticosteroides, estas últimas, consideradas o padrão terapêutico atual, para tratar pessoas que sofrem de fascite plantar. O segundo  foi a realização simultânea de um exame de ultrassom (US) para medir modificações em várias características patológicas dessa doença, e investigar a elastografia acústica (AE) como meio de medição diagnóstica.

“Queríamos recrutar pacientes afetados por fascite plantar crônica com nível de dor entre moderado e severo e que não tivessem obtido sucesso na terapia conservadora,” afirmou Lee. “A população estudada incluiu pessoas que realmente não tinham outra opção, a não ser a cirurgia.” O estudo, realizado de março de 2011 e julho de 2014, avaliou pessoas com idade entre 30 e 64 anos (11 homens, 33 mulheres), divididos em dois grupos.

Os resultados demonstraram que o PRP foi mais benéfico do que os corticosteroides na melhora da dor e da função em 32 semanas, mas ainda são necessários estudos de maior duração. Além disso, os resultados da elastografia acústica foram promissores como forma de medição diagnóstica.

 

O supervisor do projeto, dr. Ray Vanderby, Ph.D. e professor de cirurgia ortopédica e engenharia biomédica da UW, afirmou que os resultados são muito promissores, mas não eliminam a necessidade de acompanhamento das escalas de dor e outros parâmetros clínicos. “Esta pesquisa oferece uma ferramenta quantitativa que serve de base para acompanhar a eficácia clínica, à medida que o tratamento progride, e mostra quais aspectos das imagens por ultrassom são mais consistentes com as mudanças clínicas,” afirma Vanderby. O dr. Lee concorda e acrescenta que “são necessários estudos maiores e com múltiplos braços para estabelecer o PRP, ou eventualmente outros tratamentos minimamente invasivos, como padrão de terapia”.

 

Ultrassom desempenha papel vital na pesquisa

A especialista em sonografia, Sarah Kohn, pesquisadora de ultrassonografia e coordenadora de programa da Universidade de Winsconsin, informou que “o estudo seguiu um protocolo padrão para avaliar a fáscia plantar doente, e após o uso da elastografia acústica preliminar para estabelecer uma linha de base, utilizou a orientação por ultrassom para auxiliar o dr. Lee durante o tratamento.

Kohn, utilizou o ultrassom outras duas vezes em cada sujeito, vários meses após o procedimento, para medir as mudanças curativas na fáscia plantar, comprovando a eficácia do método.

 

Bolsa R&E leva a outras pesquisas

O dr. Kenneth S. Lee também recebeu uma bolsa RSNA Research Scholar Grant, em 2013. Ele afirmou que teve o privilégio de trabalhar com colegas pesquisadores em um ambiente de pesquisa especializado, viabilizado através das bolsas Research Seed e Scholar da RSNA.  “Aprendemos muito sobre a condução de um teste controlado randomizado,” afirmou. Complementou ainda dizendo que “o sucesso realmente dependeu de uma abordagem de ciência em equipe, com vários investigadores e pessoal de pesquisa em um espaço especializado.”

 

Lee afirmou que a bolsa o ajudou a formar uma equipe de pesquisa que agora está desenvolvendo uma plataforma de diagnóstico por imagem quantitativo de tendões, bem como pesquisas sobre a regeneração dos tendões. Os investigadores buscam respostas para questões difíceis sobre por que ocorrem as lesões por uso excessivo dos tendões; como a gravidade da doença pode ser estratificada através do diagnóstico por imagem quantitativo; e como doenças dos tendões podem ser efetivamente tratadas de forma minimamente invasiva, sem cirurgia. A equipe também está investigando outras lesões comuns por uso excessivo, tais como cotovelo de tenista, joelho de saltador e lesões do tendão de Aquiles.

 

Em maio de 2016, Lee e colegas foram contemplados com uma bolsa de três anos da National Basketball Association (NBA) e da General Eletric (GE) para investigar a tendinopatia patelar (joelho de saltador) em atletas de elite, no estudo intitulado “Terapia com plasma rico em plaquetas para tendinopatia patelar: um estudo controlado randomizado correlacionando biomarcadores clínicos, biomecânicos e oriundos de novas aplicações de diagnóstico por imagem”.

 

“Estamos muito animados em potencializar nossa experiência a partir de nossas bolsas de pesquisa da RSNA para estudar uma patologia de tendões semelhante em jogadores de basquete e vôlei,” afirmou Lee.

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