A leitura remota para radiologistas veio para ficar?

 A leitura remota para radiologistas pode estar aqui para ficar, mesmo com o mundo passando pela pandemia de COVID-19, de acordo com pesquisa publicada no Journal of the American College of Radiology . Uma equipe liderada por Easton Neitzel, da Universidade do Arizona em Phoenix, descobriu que, embora a maioria dos departamentos de radiologia em seu estudo aceitasse leitura remota, houve um aumento acentuado na aceitação de departamentos acadêmicos que eram menos propensos a realizar leitura remota antes da pandemia. “A leitura remota provavelmente se tornou uma parte permanente do fluxo de trabalho da radiologia”, escreveu a equipe.

A pandemia interrompeu as práticas padrão de saúde por meio de mandatos de distanciamento social. Os departamentos de radiologia tiveram que se adaptar rapidamente às novas condições adotando protocolos de prática virtual; a radiologia diagnóstica se adaptou mais facilmente, escreveu o grupo, já que muitos já tinham recursos de leitura remota. Neitzel e seus colegas observaram que há uma falta de pesquisa sobre como a leitura remota continuou desde 2020. Eles exploraram o uso da leitura remota de radiologia nos Estados Unidos mais de dois anos após o início da pandemia de COVID-19. Os pesquisadores coletaram dados de pesquisa de 345 membros do American College of Radiology (ACR). Eles descobriram que 91% dos entrevistados relataram que suas respectivas organizações permitiram a leitura remota durante a pandemia. Dos entrevistados, 168 afirmaram que suas organizações tinham recursos de leitura remota antes do início da pandemia, enquanto 139 implementaram a leitura remota pela primeira vez durante a pandemia.

O grupo descobriu o seguinte:

• 32 de 106 (30%) radiologistas acadêmicos afirmaram que suas respectivas organizações permitiam a leitura remota antes do início da pandemia, em comparação com 136 de 209 (65%) radiologistas que trabalhavam em ambientes não acadêmicos.
• 71 de 106 (67%) radiologistas acadêmicos relataram que seus departamentos começaram a leitura remota durante a pandemia, em comparação com 68 de 209 (33%) radiologistas que trabalhavam em ambientes não acadêmicos.
• 61 de 163 (41%) radiologistas cujas organizações permitiram a leitura remota durante a pandemia disseram ter interpretado mais imagens no ano passado, enquanto 65 de 163 (40%) relataram nenhuma mudança significativa.
• 44 de 84 (52%) líderes de prática de radiologia não acadêmica afirmaram que o volume de interpretação de imagens aumentou no último ano, enquanto 7 de 20 (35%) líderes de prática acadêmica relataram uma diminuição no volume de leitura.
• 265 dos 314 (84%) entrevistados que leram exames remotamente durante a pandemia continuaram a fazê-lo.
• 142 de 163 (87%) radiologistas que leram remotamente relataram um impacto positivo na satisfação no trabalho.

Os autores do estudo sugeriram que, como os departamentos acadêmicos têm maior probabilidade de retornar à leitura presencial, os estagiários podem considerar o grau de trabalho remoto ao escolher entre uma carreira acadêmica ou uma prática privada. "Os departamentos de radiologia acadêmica devem equilibrar as vantagens da leitura remota com suas possíveis desvantagens, talvez mais importante por causa do impacto no treinamento radiológico", escreveram Neitzel e seus colegas. O estudo pode ser encontrado aqui .

Fonte: https://www.auntminnie.com/index.aspx?sec=sup&sub=imc&pag=dis&ItemID=140527