Sementes magnéticas guiadas por ultrassom localizam lesões mamárias

A localização guiada por ultrassom com sementes magnéticas pode localizar lesões mamárias não palpáveis ​​e pode ter um desempenho melhor do que a localização de sementes estereotáxicas, de acordo com uma pesquisa italiana publicada na Clinical Breast Cancer. Uma equipe liderada por Catherine Depretto, MD, do Instituto Nacional do Câncer de Milão concluiu que a localização de sementes magnéticas não radioativas é um método “fácil, seguro, confiável e eficaz” para localizar lesões mamárias não palpáveis. “Tanto os radiologistas quanto os cirurgiões concordaram que a tecnologia era de uso intuitivo e que pode ser amplamente aplicada na localização pré-operatória em unidades mamárias”, escreveram Depretto e coautores.

Muitos cânceres de mama detectados na mamografia são pequenos e não palpáveis. Esses cânceres devem ser localizados com precisão antes do tratamento para evitar a remoção excessiva de tecido. Embora a localização dos fios tenha sido o padrão ouro, nos últimos anos os pesquisadores começaram a experimentar métodos sem fios. Isso inclui sementes radioativas, refletores de radar, etiquetas de identificação por radiofrequência (RFID) e sementes magnéticas. Para seu estudo prospectivo, Depretto e colegas queriam avaliar o desempenho da localização pré-operatória de sementes magnéticas em lesões mamárias não palpáveis, usando o sistema Magseed (Endomag, Endomagnetics). Este sistema inclui um dispositivo de localização por ultrassom que usa uma semente magnética de aço inoxidável implantada com uma agulha de calibre 18. Os pesquisadores testaram o sistema colocando um total de 1.123 sementes magnéticas em 1.084 mulheres. Quatro radiologistas colocaram as sementes sob orientação ultrassonográfica ou estereotáxica.

A equipe descobriu que esse método teve uma taxa de sucesso de 100%, com todas as sementes sendo detectadas em toda a profundidade da pele em todos os tamanhos de mama e em todas as profundidades por sete cirurgiões. Verificou-se também que 97,5% das sementes foram colocadas corretamente nas lesões-alvo. Os 2,5% restantes foram deslocados. Os radiologistas do estudo indicaram que as sementes eram fáceis de colocar e os pesquisadores relataram que não houve complicações ou problemas de segurança. Por fim, a equipe relatou uma taxa de reoperação de 5,1% (n = 28), proporção mais favorável do que a observada em estudos anteriores. Destes, 19 foram introduzidos por meio de orientação estereotáxica, enquanto nove foram colocados sob orientação ultrassonográfica. Os autores do estudo sugeriram que isso pode ser devido à orientação estereotáxica que necessita de compressão mamária. “Seios volumosos e compostos predominantemente por tecido adiposo são mais suscetíveis ao deslocamento após a descompressão”, escreveram os autores. “Além disso, um fator significativo que contribui para a migração, observado tanto na ultrassonografia quanto na orientação estereotáxica, é a presença de grandes hematomas, resultantes de biópsias anteriores, nas proximidades da lesão”.

Ainda assim, a equipe destacou que seus resultados mostram a localização magnética de sementes como “um caminho promissor” para adoção generalizada em unidades mamárias.

O estudo completo pode ser encontrado aqui .

Imagem: Localização de Magseed guiada por ultrassom de uma lesão não palpável. (A) lesão alvo, (B) introdutor de agulha Magseed (asteriscos), (C) Magseed in situ (seta). Imagens cortesia da Clinical Breast Cancer . Licenciado sob CC BY 4.0 .

Fonte: https://www.auntminnie.com/index.aspx?sec=sup&sub=wom&pag=dis&ItemID=140973